sábado, 28 de abril de 2012

A "não escolha".



Trilhamos caminhos em que não há como ver que tijolo esta firme e qual vai afundar e se partir quando pisarmos. Estamos andando vendados, fazendo escolhas a partir das poucas informações que temos como num campo minado quando a bomba pode estar em 3 lugares e a gente tem que tentar pisar no quadrado certo pra saber onde ela esta. A gente se baseia naquilo que tem e tenta traçar um caminho onde os danos sejam menores, já que não há caminhos sem danos.
Então, tentando seguir em frente temos que abrir mão de coisas importantes e cortar as raízes que ainda nos prendem que ainda nos deixam estagnados, porque só assim podemos procurar um horizonte melhor. É natural este medo que tanto sentimos, escolhemos uma porta sem saber exatamente o que tem do outro lado, vemos a imagem refletida no espelho, apenas uma parte e não o todo e só saberemos do todo quando a decisão tiver sido tomada, quando levantamos do banquinho em que estamos sentados na bifurcação da vida e decidirmos por qual caminho seguir.
Mas a vida vem correndo atras de nós e o tempo esta chegando em que a escolha já não será só necessária, será imposta a nós querendo ou não, porque a segurança de onde estivemos sentados já não vai mais existir e o chão começara a ruir sobre nossos pés. Neste ponto, o pior dano é o causado pela "não escolha", que é o que te condena a perder tudo, por não escolher entre uma porta ou outra!

Há momentos na vida em que a melhor definição é uma citação de William Shakespeare: "A vida se resume a uma simples escolha: ocupar-se de viver ou ocupar-se de morrer"

Um comentário:

Ana Seberino Kucker disse...

Tens toda razão, em um determinado momento se a covardia o impede de escolher a vida impõe o que o que quiser, e ela costuma ser implacável com os fracos!