Promiscuidade, a bandeira da nova geração. Achamos bonito! Vemos como um ato de nos voltar para nossos próprios instintos sendo assim o que realmente somos.
A crença e o estandarte de que a vida é curta e é uma só e que, por isto, devemos fazer tudo que temos vontade, vê apenas um dos lados da moeda afinal, se eu tiver vontade de te matar devo faze-lo? Obviamente não e se eu assim fizer, terei de arcar com as consequências de ter utilizado minha liberdade para realizar tal ato. Toda ação tem consequência e é inevitável que algumas coisas não sejam previstas. Claro que tudo deve ser questionado, afinal, como saber o que realmente queremos se simplesmente aceitarmos aquilo que alguém já nos deu pronto?
O desprendimento indiscriminado esquecendo-se de que algumas ações tocam além das nossas fronteiras e se tornam irreversíveis, faz com que muitos percam exatamente aquilo que buscam. Quanto mais a sociedade evolui em direção a ciência mais se tem a exata noção de que, se o amor não é somente um valor cristão, só pode ser alcançado utilizando-se de alguns princípios morais por tal religião impostos.
É bonito dizer que o machismo se encarregou da monogamia e dos rótulos exagerados, o que não percebem é que alguém que não consegue seguir em uma única direção, mudando a todo momento de rumo, não só atrapalha quem tenta estar ao seu lado, como também se torna uma pessoa que não tem nenhuma confiabilidade nem utilidade, gerando magoas e reações inesperadas e tornando o mundo cheio de pessoas cada vez mais voltadas para si e mais interessadas no "ter" abdicando assim do "ser".
Adianta esperar estar na sarjeta para olhar para trás e tentar reaver tudo que um dia foi seu? Adianta ter sonhos com planos futuros abortados antes mesmo de chegar seu tempo pelo medo de se prender? Algumas pessoas tem muito, mas caminham para perdição. Não a perdição moral ou religiosa, mas sim a de si próprio. Obviamente, todo jovem gosta de festas e pessoas, todo mundo adora ser desejado e não é porque se tem alguém que te completa que não vais olhar para o lado e desejar ter outra pessoa por um instante, mas abdicar de quem te faz bem para viver uma infinidade destes momentos, é deixar a casa de tijolos de lado para morar numa casa de palha, a chuva vem e molha seu interior, os salteadores levam o que há de precioso, o frio transpassa as paredes e logo vem o vento e a habitação não resiste a ele, neste momento, na sarjeta é que a gente olha pra trás e pede a Deus ou a quem quer que seja que nos permita ter por mais um minuto aquilo que nós desprezamos aquilo que não demos valor. A casa de palha já não tem mais graça, ela é sempre monótona, sempre igual e nos faz regredir como pessoas. Mesmo assim, quando vê alguém mal a gente ainda convida para ela. Sabendo como é, assim como fomos convidados por quem não mais suportava mais a casa de palha também convidamos. Talvez o façamos por solidão, mas logo o novo morador percebe o mesmo que nós, que a gente só queria saber como era e agora que já sabe olha para a casa de tijolos e diz "agora eu estou pronto, eu não estava antes mas agora estou, me deixa voltar" e se Deus te respondesse com palavras te diria "rejeitaste o presente que dei, escolheste outros tesouros. Pois agora siga o caminho que escolheu, o que um dia foi seu agora pertence a outro, o que dei para ti e não quiseste achei alguém merecedor, te resta o que aprendeste e as consequências das escolhas que tomaste. Queres a casa de tijolos? Conquiste um novo terreno e construa uma nova casa, afinal, és livre! Não foi isto que bradaste?"
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