É uma tensão que toma conta da espinha, é uma angústia que quase explode o peito. E este meu pensamento que não sai dela? E esta morada que ela esta construindo dentro de mim? Já noto que as coisas estão diferentes, percebo que estou a cada dia mais entregue. Não se sabe ao certo onde um sentimento nasce, só, que quando ele nasce se torna impossível aborta-lo. O sofrimento acontece quando se tenta interromper este processo, se tenta barrar, voluntariamente ou não, algo que é inevitável.
Após algumas batidas contra a parede a gente percebe que a vida sempre segue seu curso e que sentir ou não, não é escolha própria, a gente escolhe se permitir envolvimento ou não, isto quando muito. Cada dia as coisas se tornam obliquamente diferentes do que eram. Eu, que achava que não era mais capaz de amar, vejo nascer em mim algo que me completa e sara as feridas que ainda tinham permanecido abertas, algo que tem força suficiente para se transformar em amor e que sara minhas feridas a ponto de eu não olhar mais para trás, de não procurar provocar a irá de quem a opinião já não importa, mas sim o amor de quem é a razão do sentimento que agora cresce dentro de mim.
Não é fácil a compreensão de onde acaba uma faze da vida e começa outra, algumas coisas são dispendiosas e, neste ponto o meu mistério ante aos outros acaba por me atrapalhar. Parece para muita gente que minha entrega é algo simples e natural à minha personalidade quando a verdade é que minha entrega demanda a abertura de milhares de chaves internas, é como um eclipse solar, as vezes acontece mas é raro. Há também os que acreditam que não estou preparado para os fracassos, ledo engano de quem conhece pouco a minha vida e acredita na fraqueza da minha máscara, criei um dos melhores mecanismos mentais que conheço para lidar com fracassos. E como ele é? Não! Funciona para mim! Como saberia eu se funcionaria para ti? E funcionará para ela, porque a guiarei pelas mãos entendendo onde a minha teoria, já aplicada em mim na prática, precisa ser alterada para se adaptar as necessidades dela. Não há como explicar simplesmente porque a explicação faria com que você que me lê, tentasse aplica-la na integra e para você ela poderia ser nociva.
“Só um novo amor cura um antigo” e eu que não acreditava em novos amores acabei por ser mais um a crer que esta teoria é real. Sempre me espelhei nos inalcançáveis, procurei semelhantes entre aqueles que nem os mais soberbos ousariam procurar, sempre estudei a melhor forma de ser o homem ideal em todos os sentidos e acabei achando um mundo que acreditava que o homem ideal era diferente do homem que decidi ser, mas o amor te faz acreditar que ainda há boas pessoas e que é possível sim fazer diferente, que pode sim dar certo se achardes alguém que consiga continuar caminhando mesmo sentindo a vertigem que dá voar tão alto quanto se voa quando se ama de verdade.
Outubro sempre me trouxe mudanças boas e ruins, a Daya que sempre me dizia que este era “o mês da mudança” e desde que o acompanho, percebi que ela estava certa sobre isto. Tenho medo de perder o que tem sido razão da minha felicidade na chegada de tal mês, é uma das minhas poucas “superstições”, sei que, em virtude do mês, ou muda para melhor do que é ou para pior já que pouca coisa passa imune à Outubro. Já perdi tanta coisa neste mês, mas já ganhei muito também. O mês da mudança está ai, as portas, porém seus ventos sopram para o sol nascente e que ele traga consigo boas novas e consolide isto que é, para mim, cada dia mais perfeito.
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