sexta-feira, 8 de junho de 2012

As correntes da liberdade!

Interessante notar que quanto mais livres nos tornamos mais disseminadas se tornam as coisas que abominamos. Há tempos atrás vivíamos um ideal que hoje vociferamos sentirmos falta, até mesmo os que abusam de sua própria liberdade. Fomos preparados para um mundo que o buscava, até que veio a liberdade e degringolou a possibilidade de realizar os anseios que dependessem de alguém além de si.


Quanto mais livre o mundo se torna mais egoístas são as atitudes das pessoas, simplesmente, porque a liberdade exige autoconhecimento e isto é e sempre foi artigo raro. Ser livre te torna responsável por suas escolhas e exige que você tenha conhecimento de seus próprios anseios para que sua escolha seja a mais acertada. A vida não é fácil e tem se tornado injusta, simplesmente porque nossas escolhas nos levam para longe de nossos objetivos. Poucos são os que ainda tem luz em meio a tamanha escuridão que envolve a todos e faz com que nos encontremos sem rumo. Até mesmo aqueles que tem projetado um ideal de vida, não acham com quem construir, porque, em meio ao egoísmo, o que tem necessidade de cooperação está além do que a liberdade utópica das pessoas permite. É tão fácil ouvir alguém dizer: "Quero alguém que me ame acima dos meus defeitos e mesmo quando eu errar esteja disposto a me compreender", ao mesmo tempo é tão difícil ouvir alguém dizer: "Estou disposto a um amor incondicional" ou "por ele(a) eu superaria qualquer obstáculo e até quando ele(a) não merecesse eu ainda estaria lá, porque é amor". Na verdade o mais comum de se escutar é: "Não deu certo? Próximo"
Que tipo de pessoas temos visto? Que tipo de pessoas esta geração galgada na liberdade criou? Talvez um dia eu os veja com melhores olhos, mas a meu entender, os poucos que acharam seu rumo se encontram perdidos em um mundo livre, que não precisa mais deles, e isto por si só, já é motivo suficiente para eu perder a minha fé no futuro e na humanidade.

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