É o que parece as vezes, que não há importância no ser único neste vasto universo de seres que formam o todo. O equilíbrio duramente conquistado é abalado pelo simples soprar dos ventos do tempo. Assim como o andar da carruagem encurta a distância também solta seus parafusos. O problema e a solução parecem estar contidos num tecido único.
Talvez ninguém tenha o completo domínio dos mecanismos que levam a paz, caminhar em meio a espinhos buscando aconchego é de uma agonia indescritível. Quanto tempo ainda levará até a estabilidade?
Se não saímos da nossa zona de conforto nunca vamos a lugar algum, mas e se tudo que se quer é um canto confortável para repousar? Parece impossível permanecer com os pés no chão em um mundo onde tapetes sempre se transformam em esteiras. Queremos confiar e compreender, mas somos sempre surpreendidos pela ânsia daqueles que não tem escrúpulos para alcançar seus objetivos. Querendo a paz temos que estar sempre prontos para uma nova guerra, sem poder baixar a cabeça em instante algum, sempre atentos a pequenos movimentos que indiquem intenção.
Como seria bom poder repousar confiando em nossos pares, certos de que a parceria doada seria refletida em espelho de reflexo nítido. Como seria agradável não precisar suspeitar de benesses imaginando qual a contrapartida ansiada naquele gesto inesperado.
Vivemos lutando pela paz que queremos estabilizada pelas conquistas que demandam luta para serem alcançadas e para serem mantidas. E quanto mais lutamos mais precisamos lutar para que possamos ter paz. Que paz é essa que não nos permite o desfrute?
Em verdade somos todos crianças tentando entender o que é ser adulto. E quando entendermos o que realmente devemos fazer, haverá tempo hábil para aplicar o conhecimento adquirido?
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
O dilema da paz
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