É o que parece as vezes, que não há importância no ser único neste vasto universo de seres que formam o todo. O equilíbrio duramente conquistado é abalado pelo simples soprar dos ventos do tempo. Assim como o andar da carruagem encurta a distância também solta seus parafusos. O problema e a solução parecem estar contidos num tecido único.
Talvez ninguém tenha o completo domínio dos mecanismos que levam a paz, caminhar em meio a espinhos buscando aconchego é de uma agonia indescritível. Quanto tempo ainda levará até a estabilidade?
Se não saímos da nossa zona de conforto nunca vamos a lugar algum, mas e se tudo que se quer é um canto confortável para repousar? Parece impossível permanecer com os pés no chão em um mundo onde tapetes sempre se transformam em esteiras. Queremos confiar e compreender, mas somos sempre surpreendidos pela ânsia daqueles que não tem escrúpulos para alcançar seus objetivos. Querendo a paz temos que estar sempre prontos para uma nova guerra, sem poder baixar a cabeça em instante algum, sempre atentos a pequenos movimentos que indiquem intenção.
Como seria bom poder repousar confiando em nossos pares, certos de que a parceria doada seria refletida em espelho de reflexo nítido. Como seria agradável não precisar suspeitar de benesses imaginando qual a contrapartida ansiada naquele gesto inesperado.
Vivemos lutando pela paz que queremos estabilizada pelas conquistas que demandam luta para serem alcançadas e para serem mantidas. E quanto mais lutamos mais precisamos lutar para que possamos ter paz. Que paz é essa que não nos permite o desfrute?
Em verdade somos todos crianças tentando entender o que é ser adulto. E quando entendermos o que realmente devemos fazer, haverá tempo hábil para aplicar o conhecimento adquirido?
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
O dilema da paz
terça-feira, 21 de março de 2017
O Querer e o Fluir
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
Teste
Ter tudo e não ter nada.
É inerente a todos aqueles que não tem paz a tentativa de perturbar a paz alheia.
Quantos covardes para um só mundo repleto de insanos senhores de si? Quanta vida perdida em tentativas vãs de se entender. Quantas paralisações em prol do outro que ainda se busca.
E é tão difícil esperar que alguém se entenda.
Então você se vê cercado de gente que não te entende, subutilizado em suas capacidades e ansiando que alguém o tire dá escuridão. É difícil a solidão a dois.
Há muito pelo que lutar, há muito pelo que não desistir e você é pego se perguntando como alguém pode ter tanto e ainda assim não ser feliz?
Como ser infeliz tendo tudo? Só quem não sabe onde quer ir pode não notar tudo que tem.
Nunca foi teu sonho ser estepe, nunca quis ser só mais um. Não tem mais paciência para tanto e ainda assim busca ser luz.
E como ser luz quando as trevas começam a tomar conta do seu coração? Talvez só um pouco mais de paciência seja suficiente, mas mais uma vez você precisa de um pouco mais.
O mundo te pedindo calma e a vida a sua volta seguindo acelerada. A dor que te envolve é também a que te pede força.
Você as vezes só quer um ombro pra chorar, as vezes só quer um colo pra deitar, as vezes só quer conversar sobre nada, mas os que estão perto já falaram o suficiente, já estão ocupados por outras coisas e você volta a estar só.
Ser pai é também servir, te torna servo do teu lar. E quantas vezes você quis somente um obrigado e viu os detalhes sendo usados como se tudo o que foi feito fosse ruim?
Este mundo ao avesso só te permite sonhar se o sonho for solo, nunca quando depende de alguém mais. Pessoas voltadas pra si inviabilizam o futuro que só permanece existindo se alguém se doar por completo.
A triste realidade dá vida é a morte. Não saber quanto tempo se tem torna a servidão irreciproca agoniante.
Há momentos dá vida em que a felicidade é só um quadro na parede e que somente se segue buscando um novo instante. Momentos em que a alegria parece inalcançável e o cansaço de tão companheiro já tem apelido.
Não é fácil se abster de jogos quando todos jogam. Mas se você jogasse, por quê seria diferente deles?
terça-feira, 3 de janeiro de 2017
Adeus maldito
O tempo seguiu, ele ruiu, infeliz em si por tudo que perdeu e pelo amanhã que nunca chegaria, calou-se por não ter com quem falar.
Maldito seja eternamente este ano que passou e que nunca mais ocorra um ano tão sombrio como este. Que o futuro reserve novas e grandes conquistas permanentes e inabaláveis e que a paz lhe seja devolvida.