quinta-feira, 10 de maio de 2012

O rastro do que já foi!

As vezes é tão ruim este tal de sentir. Meu peito dói e quase explode e ainda que eu saiba meu caminho, ele ainda não me parece fácil.
Já fui muito para muitos e agora sou o que resta de mim mesmo. O pouco de encontro que acho é apenas a sombra da certeza que já fui.
Estar onde se quer estar exige o conhecimento deste lugar, sob pena de se lutar fortemente por algo que simplesmente não é o que se quer.
Amar a vida não é algo simples, amamos as coisas que nos ocorrem e não a vida em si, o que nos torna suscetíveis a momentos onde a dor nos faz querer a sorte de deixar a vida.
Quanto amor pode caber num coração? E quanta dor ele é capaz de suportar quando este amor evapora? Sabendo que tudo que sofre este processo muda de propriedade e ganha um volume absurdo. O amor quando precisa ser enclausurado e esquecido deixa um rastro de dor que perdura por anos, isto quando some.
A dor de estar só, é gigantesca, mas não se compara a dor de quem já amou um dia e se viu caído na sargeta, esperando que a vida tenha um pouco de piedade e traga algo a que se apegar, apenas um motivo, algo que te faça levantar e dizer simplesmente, nem que apenas por um dia, que vale a pena viver.

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