terça-feira, 20 de março de 2012

inexistência



Saudades de algumas coisas, ausência de vida, ausência de sentir mesclada a um sentir extremo. Como nomenclar o que sinto? Como ilustrar tão fortes sentimentos ligados unicamente ao nada? um nada cotidiano que insiste em permanecer sendo a essência da vida. Um "eu te amo" dito a ninguém, uma angústia forjada pelo nada que aperta o coração e sobe a mente e aos lábios porém sem saber ao certo o motivo de seu existir.
Inércia? talvez seja uma palavra batida mas ao realizar uma analise da "curva normal" que se tornou os acontecimentos onde a felicidade e a tristeza atingem níveis elevados mas insistem em voltar sempre a um mesmo patamar, não há outra palavra que melhor defina.
Talvez eu ainda deva aprender a viver e realmente sei que há muito a aprender, porem sem saber ao certo "o que" e nem "como" obter este conhecimento!
Ser homem e ter que sempre estar seguro e certo no que diz e faz, me torna vulnerável, afinal, quem é que nunca precisou de ajuda? e pela primeira vez me sinto completamente perdido, imaginando pra onde ir e o que fazer de uma vida sem sentido que um dia ansiou ser algo no mundo e percebeu que simplesmente é um existir indiferente aos passantes, como aquele mendigo que a gente passa sem dar importância, assim tem sido meu existir e o de tantos outros. Estou aqui, existo, mas existir ou não, não muda nada na vida de ninguém e isto é ter noção da sua própria inexistência!

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