terça-feira, 21 de agosto de 2012

My love


O que te afeta? É tão fácil dizer, que nada te atinge!
Mas quando olhamos para nós mesmos, percebemos que estamos todos gritando por socorro. Tão difícil a escolha entre se permitir ou não quando se quer tudo e nada ao mesmo tempo de uma mesma coisa.
Talvez amor não seja tudo, talvez a vida seja apenas uma passagem para algo maior, mas talvez ela acabe aqui, no fim propriamente dito. Quão estranho seria encontrar o nada, e se ver presente em um mundo onde você não exista. Me peguei olhando para lua e imaginando um futuro de viagens interplanetárias onde a pessoa que se ama pudesse em virtude do destino estar em outro planeta. Será que ainda seria possível sentir o que ela sente?
Impossível, muitos diriam, já o é, mas eu sei que não, eu sei que sinto o que ela sente e as vezes, como se eu soubesse que por algum motivo seu pensamento se voltou para mim. Como descrente no oculto, me pego tentando achar explicação para esta estranha força que faz com que dois corações involuntariamente se encontrem e se comuniquem sem que absolutamente nada possa impedir.
Amar é para poucos, viver o amor é só para quem é verdadeiramente próspero. Amor e vida, coisas que eu não entendo e não sei se conheço, só sei disto o que sinto, as vezes eu penso que da vida, não sei nem mesmo o começo.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Mudança!


Nós mudamos. Mudamos para pior, mudamos para melhor, mudamos para nos adaptarmos a nossa felicidade, mudamos para deixarmos de ser tão bobos, mudamos para sairmos das amarras que a vida nos impõe, mudamos não para esquecer o passado mas sim para entendermos que essa fase foi necessária, necessária para mudar, mudar o que ainda pode ser mudado, o nosso futuro.

sábado, 11 de agosto de 2012

Destino


Destino, há como fugir dele? De caminhar em uma direção, de fazer parte da vida de alguém, de se envolver, ou não, com alguma pessoa. A gente traça os próprios caminhos, mas vem ele e nos leva exatamente onde nunca esperaríamos estar. Destino nem sempre é uma coisa boa, as vezes é um abismo sem fim do qual você tenta desesperadamente sair, as vezes é olhar para si e ver representado tudo aquilo que você não queria ser. Destino é entender que não importa que caminho você escolha, vai acabar parando no mesmo lugar.
As vezes vejo que algumas pessoas não deveriam ter entrado em minha vida, mas nem meus maiores esforços puderam evitar, já outras que deveriam ficar, alguma atitude que não me é comum, ou algo mal interpretado, foi capaz de levar.
Quem é capaz de ser mais forte que o destino?
Vejo a mim mesmo na 2ª série do primário dizendo que iria me casar aos 16 e deixando a professora horrorizada. Agora, aqui estou, quase aos 27, um escritor anônimo que mora com a mãe. Engraçado, aquele garoto teve a força de moldar minha vontade e minha essência, mas não pode mudar meu destino, vi todos que me disseram que não casariam, formarem belíssimas famílias. Não é inveja, não quero o que é deles, quero o que é meu, o que eu projetei para mim, não o que o destino determinou. Vivo de esperança em esperança, sempre achando que vai acontecer amanhã, um amanhã que nunca chega.
Tenho saudades de beijar alguém, saudades de um beijo intenso, molhado, daqueles que começam suaves e terminam um pouco antes do próximo começar. Saudades de ouvir um “eu te amo” muito embora eu nunca tenha escutado um verdadeiro. Saudades de alguém que faça sentido, que não esteja por estar e que me ligue se eu não ligar. Saudades de alguém cujo nome eu me lembre quando acordar.
Não é o lúdico que me atrai, mas é ele que me dispersa, me faz não pensar na mazela de ser somente um alguém cujo destino não concedeu ainda a graça da felicidade.

domingo, 5 de agosto de 2012

E se tudo não passar de uma ilusão?


E se não houverem vitórias? E se tudo não passar de uma ilusão? E se o futuro fosse apenas uma repetição do presente que pode ou não vir a acontecer? Haveria algum crédito em ser ou deixar de ser alguém? E que valor então teria o pensar no futuro? 
A vitória é apenas uma ilusão, assim como a honra. Quem seriam os considerados mais aptos? Os vitoriosos ganham em parte por terem seus anseios vociferados e proferidos porem perdem, porque nenhuma luta é simples e abriram mão de muitas coisas para que sua conquista fosse possível. Os derrotados perderam mais e neste sentido, a vitória é somente um jogo onde um perde mais e outro menos. Mas há aqueles guiados pela honra, que serão mártires ou somente lembrados por não se renderem as exigências dos que tinham mais força. Ainda assim, sua honra não os ajudará e não ajudará a sua causa, apenas renderá a eles mais uma página na história. Qual o valor de um único ser num universo de sete bilhões de pessoas? É sempre lindo a história de alguém que morreu lutando, mas a verdade é que se percebessem o quanto seu sacrifício é inútil, simplesmente fariam como tem feito todos os outros, aqueles que não tem honra.
De que adianta gritar aos quatro ventos os erros do mundo? De que adianta vociferar a todos eles, que eles caminham para a desgraça? Ninguém te ouvirá, um segue o outro. O último da fila já não sabe quem é o primeiro e nem porque faz as coisas que faz, mas faz, porque é para onde todo mundo vai.
E se não houver um amanhã? Quem pode condena-los por tentar viver um prazer momentâneo? A verdade é que ninguém é especial, somos todos iguais, então não há porque condenar quem troca um amor por um momento, pois ninguém perdeu nada, apenas perceberam que podem ser de outros, já que somos todos iguais. Não há motivo para ser de um só.
Eu? Eu não. Eu apenas consegui ver o que eles veem, mas ainda não quis acreditar, ainda espero ver algo diferente nos olhos de alguém, ainda creio que cada pessoa é insubstituível, muito embora eu já tenha percebido que até mesmo eu, sou apenas mais uma nuance neste mundo em tons de cinza. E quem é que não percebeu ainda isto em si? De olhar para dentro e entender que não há nenhum motivo para alguém querer estar apenas com você, para alguém te escolher em meio à uma multidão. Um dia você percebe o que não queria ver, que o conto de fadas morreu. Para de acreditar que o amor é possível, para de acreditar que alguém irá te escolher, para de acreditar que terá uma família, ao invés disto, passa a crer que sua vida será feita de pequenos momentos e que não há nada errado em não pensar no futuro já que ele não existe. Você até se sentiria fracassado, mas passou a entender que o fracasso não existe e que a derrota é apenas um outro tipo de decepção igual a todas as outras que você se acostumou a presenciar. Começa a perder a fé nas pessoas e perceber que honra é apenas uma maneira diferente de derrota. Por fim, você se pega pensando enquanto caminha:
Quantas lagrimas são necessárias para trocar uma essência?